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terça-feira, 21 de junho de 2011

O pensamento liberal clássico e a economia de mercado

As características básicas só foram superadas a partir da segunda metade do século XVIII, com a formulação do pensamento liberal clássico. Uma rebelião de novas idéias, fundamentada em novos princípios, coincidiu com a Revolução Francesa. Os princípios da autoridade, da proteção e da tradição foram postos em cheque pelos pensadores liberais.
Segundo o relato de G.Steiner “os homens não aceitavam mais cegamente o ponto de vista de que era natural e conveniente que o governo regulasse todos os aspectos da vida econômica e social. Pelo contrário, florescia a idéia de que era natural e conveniente que não houvesse qualquer intervenção. A própria revolução americana lutou em defesa dos princípios da economia de mercado em que a ordem econômica deveria resultar da ordem natural. Assim, a experiência americana e as teorias da ordem e do direito natural desenvolvidas na Europa ocidental, continham, em sua essência, as idéias que serviriam para fazer submergir a filosofia e a prática do regulamentarismo. Primeiramente, elas se baseavam na doutrina do individualismo, segundo a qual o individuo e não o governo era objeto principal do interesse social.
A racionalidade do homem econômico, as virtudes do individualismo e o automatismo das forças do mercado, tudo isto sob ajustamento que a concorrência se encarregaria de fazer, substituiriam, segundo as novas correntes de pensamentos, as ordens emanadas do governo. Cada qual seria compelido por seu próprio interesse, a propriedade dos meios de produção haveria de ser privada e a iniciativa de empreender seria liberada. Sob esta nova ordem, os empreendedores seriam atraídos pelos setores que apresentassem melhores perspectivas de ganho. Por outro lado as unidades familiares também se guiariam por seus próprios interesses, quer no emprego dos recursos de sua propriedade, que em suas satisfações de consumo. E como os interesses conflitantes seriam solucionados pelas forças da concorrência, não haveria soluções em que eficiência, a eficácia e a equidistribuição não estivesse, de alguma forma satisfeita.

Século XX

· Criação da URSS
· Extensão do modelo á Europa do Leste, China, Cuba e outras economias da Ásia e da África.

Traços dominantes da nova ordem econômica

· Propriedade coletiva dos meios de produção
· Restrições quase totais á liberdade de empreendimento
· Organização de centrais de planificação para coordenação da economia.

Intervencionismo na economia de mercado

· Fim do laissez-faire
· Novas funções do Estado: regulação, empreendimentos e bem-estar.

Traços dominantes da nova ordem econômica

· Restrições seletivas ao empreendimento privado.
· Estatização parcial
· Mercado submetido ao poder regulatório da autoridade pública.

Economias em transição

· Reestruturação e abertura das economias de comando central
· Revisão dos papeis, do tamanho e dos limites do governo nas economias de mercado.


A economia de mercado pode ser analisada por dois sistemas:

- Sistema de concorrência pura
- Sistema de economia mista 



Sistema de concorrência pura

Nesse sistema existem milhares de produtores e consumidores que resolvem os problemas econômicos fundamentais, sem a necessidade de intervenção do Estado. Isso se torna possível pelo mecanismo de preços, onde se houver excesso de oferta, vão se formar estoques nas empresas que serão obrigadas a diminuir seus preços e se houver excesso de demanda, vão se formar filas, e o preço tende a aumentar até que se atinja um equilíbrio.

Os problemas fundamentais da economia são resolvidos da seguinte forma:

O que e quanto produzir: os produtores que irão decidir o bem e o serviço mais rentável é aquele que será mais produzido.
Como produzir: É obtido pela escolha entre tecnologia, recursos e comparação de preços com recursos alternativos.
Para quem produzir: É decidido pelo encontro da demanda e oferta dos serviços dos fatores de produção. Assim quem tiver renda suficiente participará da distribuição.

Imperfeições

Suas principais imperfeições são:
Grande simplificação da realidade

- Os preços nem sempre flutuam livremente, por causa dos fatores como: sindicatos, poder de monopólio e oligopólio, intervenções do governo (imposto, tarifas, política salarial, etc.);
- O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos;
- O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda.


Aspectos de uma economia de mercado
Vantagens da economia de mercado
Desvantagens Economia de Mercado
    Os produtores oferecem bens e serviços rentáveis e pelos e pelos quais há demanda.
 As pessoas podem escolher consumir e produzir segundo suas preferências e disponibilidades.
Não oferecer produtos em situações onde o preço (valor de troca) é inferior aos custos de produção.
Pessoas podem comprar ou alugar Os fatores de produção desta forma converter-Se em produtores e oferecer bens e serviços pelo mercado.
O sistema de preços decide sobre a produção, não necessita de intervenção do Estado.
 Imperfeições na concorrência devido a estruturas de mercado monopolizadas ou oligopolizadas.
 As variações na demanda ou da oferta de bens provocam variações no preço dos bens. Os preços fazem o equilíbrio da oferta e da demanda.
Os indivíduos têm incentivos financeiros para atuar de forma produtiva. Se os produtores lançam no mercado o que os consumidores desejam, podem obter grandes lucros.
Incapacidade do mercado de promover uma perfeita alocação de recursos.

A demanda de bens e serviços determina sua oferta.
Incapacidade do mercado em promover sozinha uma justa distribuição de renda.






























Sistema de mercado misto

Até o final do século passado, predominava-se um sistema muito próximo ao da economia pura, porém no século XX se tornou mais presente a força dos sindicatos e dos monopólios e oligopólios, associado a outros fatores, a economia se tornou mais complexa. A depressão dos anos 30 mostrou que o mercado sozinho, não garante que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos. Assim o governo atua na eliminação das distorções alocativas e distributivas e melhoria no padrão de vida da coletividade. Isso pode dar-se das seguintes formas:

- Atuação sobre a formação de preços;
- Complemento da iniciativa privada;
- Fornecimento de serviços públicos;
- Fornecimento de bens públicos;
- Compra de bens e serviços do setor privado.


(Flávia Lima)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Microeconomia


É a Parte da economia que se ocupa do estudo dos diferentes agentes econômicos, entre os quais as empresas e os consumidores. A economia, por sua vez, se define como a ciência que estuda a distribuição de recursos entre as distintas atividades. 
Em outras palavras, as pessoas têm diversos objetivos, desde a satisfação de necessidades primárias como alimentar-se, vestir-se e proteger-se das intempéries; até as necessidades mais sofisticadas do tipo material, estético e espiritual. 

No entanto, os recursos disponíveis para alcançar estes objetivos estão limitados pela
disponibilidade dos fatores de produção (trabalho, capital e matérias-primas). A microeconomia
consiste no estudo da forma como se alocam estes recursos para satisfazer a objetivos diferentes.
Diferencia-se da macroeconomia no sentido de que esta se ocupa de estudar até que ponto os
recursos disponíveis estão sendo plenamente utilizados, como crescem com o tempo e outros
temas relacionados com estes.




(Warley Alves)

DIFERENÇA ENTRE MACROECONOMIA E MICROECONOMIA

Macroeconomia:
Parte da ciência econômica que focaliza o comportamento do sistema econômico como um todo. Tem como objeto de estudo as relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda nacional, o nível de emprego e dos preços, o consumo, a poupança e o investimento totais. Esse direcionamento fundamenta-se na idéia de que é possível explicar a operação da economia sem que haja necessidade de compreender o comportamento de cada indivíduo ou empresa que dela participam.
Microeconomia:
Ramo da ciência econômica que estuda o comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e pelas famílias; as empresas e suas produções e custos; a produção e o preço dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. Em outras palavras, a microeconomia ocupa-se da forma como as unidades individuais que compõem a economia - consumidores privados, empresas comerciais, trabalhadores, latifundiários, produtores de bens ou serviços particulares etc. - agem e reagem umas sobre as outras.

Diferenciando microeconomia de macroeconomia, pode-se dizer que a microeconomia preocupa-se com o particular, com o individual, enquanto que a macroeconomia preocupa-se com o todo, com o geral.

(Daniela Martinelli)

O QUE É MACROECONOMIA?

A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior.




Objetivos:
- Crescimento da economia: O crescimento econômico, nos dias atuais, é avaliado pela sua capacidade qualitativa de gerar riquezas e não mais quantitativa, como pensava-se no início do século XX. Deve-se considerar, que para um país crescer, é de suma necessidade a oferta de capital humano e a capacidade de consumo da população. A qualidade de vida e consumo de uma determinada faixa da população impulsiona o crescimento econômico de uma nação.
- Pleno emprego: a quantidade ofertada e demandada de qualquer bem é a mesma. No mercado de trabalho o pleno emprego significa que todos os trabalhadores que aceitem receber os salários de equilíbrio são empregados.
- Estabilidade dos preços: Existe estabilidade de preços quando o nosso dinheiro mantém o seu valor ao longo do tempo.
- Controle inflacionário: Inflação é o aumento persistente dos preços e envolve toda a economia de um país. Isso, consequentemente, resulta numa contínua perda do poder aquisitivo da moeda local.
A estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados:
• Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.
• Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.
• Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.
• Mercado de Títulos: analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e dificitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.
• Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.
Agregados macroeconômicos
Os princípais agregados macroeconômicos são produto (economia), renda, despesa e investimento.
Produto - é a produção total de bens e servicos finais que são produzidos por uma sociedade num determinado período.
Renda - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços na atividade produtiva. Ex: salário, aluguéis, juros, lucros.
Despesas - é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição de bens e serviços produzidos pela sociedade.
Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da capacidade produtiva da economia. Ex. construção de uma hidroelétrica, a construção ou ampliação de uma fábrica, a aquisição de novas máquinas e equipamentos por uma firma, etc.

(Daniela Martinelli)

Balança comercial registra superávit de US$ 656 mi na 3ª semana de junho

A balança comercial brasileira registrou um superávit (exportações menos importações) de US$ 656 milhões na terceira semana de junho, entre os dias 13 e 19, informou nesta segunda-feira (20) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na semana passada, as exportações somaram US$ 5,53 bilhões, e as compras do exterior totalizaram US$ 4,87 bilhões.
Na parcial de junho, até o dia 19, os números do governo federal mostram um saldo positivo de US$ 2,61 bilhões, resultado de US$ 14,27 bilhões em exportações (média diária de US$ 1,09 bilhão) e de US$ 11,65 bilhões em importações - média de US$ 896 milhões por dia útil.
Sobre junho do ano passado, quando o saldo positivo da balança comercial brasileira somou US$ 2,26 bilhões, as vendas externas subiram 34,9%, e as importações subiram 27%.
Acumulado do ano
No acumulado deste ano, até 19 de junho, a balança comercial apresentou um superávit de US$ 11,17 bilhões, com crescimento de 50,9% frente ao mesmo período do ano passado (+US$ 7,4 bilhões).
O aumento do saldo comercial em 2011 está relacionado, entre outros fatores, com a elevação dos preços das chamadas "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, petróleo e minério de ferro, entre outros) no mercado externo.
De acordo com números do governo, as vendas externas somaram US$ 108,88 bilhões no acumulado deste ano, com crescimento de 29,8% sobre o mesmo período de 2010. Ao mesmo tempo, as importações totalizaram US$ 97,71 bilhões, com elevação de 27,9%.
Ano de 2010 e previsões
No ano passado, com o forte crescimento das importações, fruto do elevado ritmo de crescimento da economia brasileira (acima de 7,5%) e do dólar baixo - fator que encarece as vendas externas e tornam as compras do exterior mais baratas - o saldo comercial ficou positivo em US$ 20,27 bilhões, o valor mais baixo em oito anos.
O desempenho da balança comercial em 2011, entretanto, vem surpreendendo analistas. No começo deste ano, os economistas dos bancos apostavam que o superávit da balança comercial brasileira ficaria abaixo de US$ 10 bilhões neste ano. Na última semana, porém, a aposta já havia subido para um saldo positivo de US$ 20 bilhões em 2011, e, com isso, "empataria" com o superávit registrado no ano passado.

Daniela Martinelli

Moody’s melhora classificação de risco do Brasil

A agência de classificação de risco Moody’s elevou nesta segunda-feira (20) a classificação do Brasil, de Baa3 para Baa2, com perspectiva positiva. Com isso, o Brasil fica um degrau acima do grau de investimento, obtido em setembro de 2009.
Segundo a Moody’s, os recentes ajustes fiscais promovidos pelo país devem resultar em um cenário macroeconômico mais sustentável, e sugerem melhoras nos indicadores fiscais e de crescimento no médio prazo.
A agência aponta que o governo tem se mostrado disposto a reverter políticas expansionistas e a adotar uma posição mais conservadora, mais consistente com um crescimento sustentável. A expectativa, afirma, é que a relação dívida/PIB brasileira mostrem queda, em conformidade com as metas fiscais do país.
Em comunicado, a Moody´s afirma que a perspectiva positiva mantida para o rating do Brasil captura a possibilidade de uma nova elevação da classificação nos próximos 12 a 18 meses. "Isto será possível se: 1) o crescimento econômico se moderar e continuar em taxas mais baixas - mas mais sustentáveis e 2) as autoridades quiserem e conseguirem cumprir as metas orçamentárias de curto prazo."
Segundo degrau
A Moody's foi a segunda das três grandes agências de risco a elevar o Brasil acima do primeiro nível do grau de investimento. As outras duas agências são a Fitch e a Standard & Poor's.
Em abril, a Fitch já havia elevado a posição brasileira, de BBB- para BBB, também um nível acima do grau de investimento por essa agência. A S&P mantém a classificação de risco brasileira em BBB-, o primeiro considerado grau de investimento, desde abril de 2008.
Os ratings de crédito são utilizados por investidores como indicação da probabilidade de receberem seu capital aplicado de volta, segundo os termos acordados na ocasião da realização do investimento.
Entenda a avaliação de risco de investimento
A avaliação de risco de investimento é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado em que eles escolhem para aplicar seu dinheiro.
A partir da nota de risco recebida por determinado país, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido por causa da instabilidade do país em questão.
O principal benefício de o país se tornar "investment grade" é atrair grandes investidores de países desenvolvidos que, por regras dos seus estatutos, só podem investir em ativos considerados de baixo risco.
A classificação da Moody’s tem 21 categorias. A principal, Aaa, é atribuída a países como Alemanha, Estados Unidos e Suíça. Países classificados abaixo da categoria Baa3 são considerados de "grau especulativo".
Na faixa Baa2, o Brasil se encontra na mesma categoria, segundo a Moody’s, do Cazaquistão e das Ilhas Maurício, e um degrau abaixo do México e da Rússia.

Daniela Martinelli

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Helicóptero híbrido será atração de salão aéreo em Paris



Um helicóptero híbrido capaz de voar a mais de 400 km/h deve ser uma das atrações do Salão Aéreo de Paris, entre 20 e 26 de junho.
Por ser uma aeronave que voa tão rápidamente quanto um avião, mas com a manobrabilidade de um helicóptero, os fabricantes do Eurocopter X3 o estão chamando de "divisor de águas".
A Eurocopter diz que o X3 pode ser usado para operações de busca e resgate e qualquer outra missão em que a velocidade seja primordial.
Além das hélices horizontais que possibilitam a decolagem e pouso verticais, o híbrido tem também duas turbo-hélices montadas em pequenas asas que permitem velocidades acima de 400 km/h. Muito mais rápido que helicópteros comuns.
 (José Mário)

Lanchonete anuncia 1ª franquia no Brasil e quer chegar a 200


A rede Quiznos anunciou nesta semana que abrirá sua primeira franquia no Brasil ainda em 2011 e que pretende chegar a 200 unidades no País. Até o final do ano, mais seis lanchonetes estão previstas como parte da iniciativa da empresa de se expandir internacionalmente. As informações são do jornal Denver Post.
A Quiznos, que comercializa principalmente sanduíches, vai focar as novas unidades nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A empresa brasileira que está atuando em parceria com a rede é a Brazil Best Food Inc.
As lojas devem oferecer produtos exclusivos para o Brasil, que receberá o chef Zach Calkins para desenvolver os itens com ingredientes locais.
Com 30 anos, a empresa nascida em Denver pretende estar em mais de 40 países nos próximos anos - recentemente anunciou a abertura de lojas na Índia e no Kuwait.
(Daniela Martinelli)

Inadimplência no cheque fica estável em maio, mostra Serasa

Porém, emissão de cheques sem fundos continua em nível elevado.
Pesquisa atribui resultado a maior endividamento do consumidor.

O número de cheques devolvidos em maio no país ficou estável em relação ao mês anterior, mantendo-se no patamar elevado de 2%, registrado em abril, segundo mostra pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta sexta-feira (17).
Já em relação aos cinco primeiros meses deste ano, a inadimplência com cheques apresentou elevação. Foram devolvidos 1,93% dos cheques emitidos, contra 1,9% nos cinco primeiros meses do ano anterior.
Para os economistas da Serasa Experian, o patamar da inadimplência está elevado. "A maior utilização dos cheques pré-datados, para driblar taxas de juros mais altas, e as devoluções decorrentes das compras no Dia das Mães, contribuíram para a manutenção do indicador", afirmaram, por meio de nota.
Os economistas apontaram ainda como fatores o maior endividamento do consumidor e as elevadas taxas de juros.
Perspectiva
A Serasa disse acreditar que a inadimplência com cheques deverá apresentar leves oscilações, para cima ou para baixo, em relação ao patamar atual, permanecendo numa referência elevada.
Por estados
De janeiro a maio, Roraima foi o estado com o maior percentual de cheques devolvidos (11,40%). São Paulo, por sua vez, foi o estado com menor percentual, (1,47%). Entre as regiões, a Norte foi a com maior percentual de devolução de cheques nos cinco primeiros meses de 2011, com 4,11%. Na outra ponta do ranking está a Sudeste, com 1,58%.
(Daniela Martinelli)

 

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil para 4,1% em 2011

Em abril, Fundo projetava expansão de 4,5% no PIB.
No Japão, perspectiva para PIB recuou de 1,4% para -0,7%.

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu para 4,1% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2011, de acordo com o projeções divulgadas nesta sexta-feira (17). No relatório divulgado em abril, o Fundo projetava alta de 4,5% no PIB.
Para 2012, o FMI também reduziu a perspectiva de expansão da economia brasileira, de 4,1% para 3,6%.
De acordo com a subchefe da divisão de estudos globais do FMI, em entrevista em São Paulo, a redução na expectativa de crescimento do Brasil ocorreu por conta da desaceleração do ritmo dos indicadores brasileiros, como produção industrial.
“A política de desaceleração do ritmo da economia e para a baixa da inflação, somada à política fiscal, tem resultado na redução do ritmo de crescimento brasileiro”, apontou.
A previsão de crescimento da economia mundial este ano também foi reduzida em relação ao relatório de abril, de 4,4% para 4,3%. Houve redução, ainda, nas perspectivas de alta do PIB dos Estados Unidos em 2011 (de 2,8% para 2,5%) e 2012 (de 2,9% para 2,7%).
No Japão, a expansão de 1,4% esperada pelo Fundo em abril foi revista para uma contração de 0,7%, em decorrência dos efeitos econômicos do terremoto seguido de tsunami registrado no país. Já as perspectivas para 2012 foram revistas para cima, de 2,1% para 2,9%.
Para a Índia e a China, as expectativas para a economia em 2011 foram mantidas em 7,8% e 9,5%, respectivamente.
“A atividade está desacelerando temporariamente, e os riscos de baixa voltaram a aumentar. A expansão global segue desbalanceada. O crescimento em muitas economias avançadas ainda é fraco, considerando a profundidade da recessão”, diz o FMI no relatório. “O crescimento na maioria dos países emergentes e economias em desenvolvimento continua forte”.
Riscos
No relatório, o FMI aponta que a fraqueza maior que a esperada na atividade econômica dos Estados Unidos no primeiro trimestre e os temores sobre os problemas fiscais na zona do euro oferecem riscos.

“Há riscos advindos do setor fiscal e financeiro em muitas economias avançadas, enquanto sinais de superaquecimento têm se tornado aparentes em muitas economias emergentes e em desenvolvimento”, diz o fundo.
O FMI aponta que “fortes ajustes” nas políticas fiscais dos países desenvolvidos e um maior “aperto” nas economias emergentes “são críticos para assegurar o crescimento e a criação de empregos no médio prazo”.
“A economia global ‘virou a página’ da Grande Recessão. Entretanto, garantir a transição da recuperação para a expansão vai exigir um esforço coordenado para tratar de desafios diversos”, adverte o Fundo.
Inflação
De acordo com o FMI, a inflação global registrou aceleração no primeiro trimestre deste ano, chegando a 4%, ante 3,5% nos últimos três meses de 2010, afetada principalmente pela alta nos preços das commodities.

Nas economias emergentes, as pressões inflacionárias têm vindo de uma base cada vez mais larga, refletindo um maior consumo de alimentos e combustíveis e maior pressão de demanda.
(José Mário)